um novo ano se inicia.
O outro, feito taça vazia,
lançada à lareira do tempo,
se estilhaça num movimento.
Nessa hora,
que seja descartado o velho,
totalmente vazio – sem restos.
Que tenha sido sorvido, dia a dia,
toda gota, até o último gole de vida.
Porque
vida não é tempo transcorrido,
mas cada momento experimentado,
cada nuance de sabor, doce ou amargo,
que nos deixa na alma o gosto de ter vivido.