
Não se trata apenas de comemorar aquilo que aos nossos olhos dá certo, aquilo que acontece do jeito que a gente queria.
É uma questão de se deixar tocar pela beleza e pelo mistério da existência, de perceber que entre as linhas onde se escreve a nossa história há propósitos insondáveis a tramar a aventura, de reconhecer que o bem e o mal são cúmplices nos desafios que nos provocam a florescer, como o são inverno e verão ao conspirar o enredo das estações.
Chore, ria, abrace, afaste, lute, repouse, mas, acima de tudo, jamais permita que o teu coração endureça, jamais permita que ele se esqueça de contemplar a vida com a reverência devida, com a reverência que inspira, ao transbordar de uma incontida lágrima, profunda e infinita gratidão.