Vita brevis



Um vento ligeiro, cuja música sibila em nossos ouvidos, o sopro agita os nossos cabelos, numa carícia desliza por nossa pele... E se vai.

A vida é de uma brevidade avassaladora!

É curta demais para ser desperdiçada com amarguras, contida por medos e culpas, sufocada em remorsos inconfessos... E tão cheia de possibilidades para terminar arrependida, pranteada sobre as sementes mortas de potenciais insatisfeitos.
 
A vida, também como o vento, só se expressa plenamente quando flui desimpedida.
 
Por isso, descomplique. Aceite as pessoas de bem como elas são. Arrisque. Se errar, corrija, peça perdão. Ame sem reservas e você conhecerá tudo que o amor lhe reserva. Trabalhe. Faça sempre o seu melhor. Não há recompensa maior do que sentir orgulho em cada gota do próprio suor. Priorize a ética. Porque todo gesto nosso repercute e gira em torno do mundo até nos achar de novo.
 
Ah! sim, nem se preocupe em encher os bolsos. Isso torna a carga pesada e o caminho doloroso. E mantenha a fé. Sempre mantenha a fé. Ela nos permite segurar a invisível mão que nos guia por este Universo de mistérios. Por fim, tenha compaixão. Simplesmente porque assim que se é gente, assim é que se alcança um coração sensível à vida em toda a sua intensidade.
 
Pois a sabedoria do tempo é singela como a sabedoria do vento. Quem a observa, caminha ciente de que está de passagem por este chão e depende da humildade para aprender a valorizar as coisas simples do dia a dia, por onde a vida flui com autêntica felicidade.