Honroso silêncio


Reclama, reclama, critica tudo e todos, malicia ações e intenções alheias, feito mosca com asa quebrada girando em torno de si, desprovida de qualquer importância senão o seu enjoativo zumbir.
 
Melhor se fosse abelha, com o seu jazz e coreografia da esperança, apontando o caminho das flores, dos perfumes e cores, das volúpias das formas e texturas, dos sabores adocicados nos campos transbordados de vida.
 
Ou, ao menos, mariposa, com seu ignoto, mas honroso, silêncio.