Honroso silêncio


Reclama, reclama, critica tudo e todos, malicia ações e intenções alheias, feito mosca com asa quebrada girando em torno de si, desprovida de qualquer importância senão o seu enjoativo zumbir.
 
Melhor se fosse abelha, com o seu jazz e coreografia da esperança, apontando o caminho das flores, dos perfumes e cores, das volúpias das formas e texturas, dos sabores adocicados nos campos transbordados de vida.
 
Ou, ao menos, mariposa, com seu ignoto, mas honroso, silêncio.


Pense bem






Se somos o que pensamos,
o mundo será o que ensinarmos
as próximas gerações a pensar.

Golpes da vida



Ser humano é ser em construção. Então, em vez de se deixar abater por causa desse ou daquele defeito, de uma e outra aresta, aqui e ali, de um certo jeito torto de agir, por tanta coisa imperfeita que a gente vê quando mira o espelho da consciência, o melhor a fazer é permitir que os golpes da vida sirvam como os de um hábil escultor. Porque, indiferentes à dor que infligem, removem as partes brutas para revelar uma beleza tal que, no fundo a gente sabe, somente as divinas mãos daquele que planejou a obra são capazes de revelar.

O tempo de cada um





O tempo do corpo da gente é o tempo das luas e estações. Ele avança num ritmo matemático, preciso, inalterável. Mas com o espírito é diferente. O espírito tem outros tempos, com cadências próprias, que se movem conforme a intensidade que a gente dedica à vida.

O poder da língua



O leme se dobra... Mesmo pequeno e oculto sob as águas, determina o rumo do imponente navio a cortar as ondas. Assim é a língua humana, reflete São Tiago. Tão pequena, mas com poder capaz de sentenciar destinos. Quem aprende a controlá-la, aprende a guiar a própria existência pelos mares da vida... E o que é igualmente importante: Aprende a navegar sem atravessar o caminho dos outros!