Pelos mares da vida


O Érico Veríssimo observou que há dois tipos de viajantes: os que viajam para fugir, os que viajam para buscar.
Jamais tome por referência aquilo do que você deseja escapar, pois isso sempre te deixará a navegar sem rumo pelos mares da vida.
Ajuste a bússola na direção dos seus sonhos, ice as velas bem alto, escolha ventos favoráveis, e siga sempre adiante.
Você se afastará naturalmente do que precisa ficar para trás, enquanto segue a desbravar novos horizontes.


Saudades

Saudade de uma coisa boa, um momento feliz, uma pessoa amada... Nostalgia que aperta o peito, mas faz a gente tornar a sentir a presença do que valeu a pena ter vivido. 

Entretanto, também se sente saudade de ausências, daquilo que devia ter sido e não foi... E esta faz doer uma dor de arrependimento, de remorso pela oportunidade perdida, pela covardia, até, que privou a gente daquilo que o coração queria. 

Viva de modo que, um dia, a saudade das presenças seja tanta que supere, em muito, a saudade das ausências. 

Fios do destino


O destino é mesmo assim, indiferente às nossas rotinas. Enquanto acordamos no horário e seguimos com os compromissos em busca dos resultados pretendidos, pequenos e grandes eventos aqui e acolá estão se combinando para influenciar o próximo instante da nossa vida. 

Ao olharmos para isso, percebemos que todos esses fios engendrados, alguns fornecidos por nós, outros urdidos à nossa revelia, parecem bordados por mãos invisíveis, de propósitos insondáveis, para compor no tecido do tempo um quadro que sequer imaginamos possível. 

E na trama dessas linhas se desenha a voz divina a dizer que toda e qualquer ansiedade é bobagem, a sussurrar compassivamente: “Aquietem o coração, pois saibam que eu sou Deus hoje e eternamente.” 

O segredo da vitória



“Quem luta contra monstros deve cuidar para não acabar se tornando um deles”, alertou sabiamente Nietzsche. Mantenha o teu coração limpo, pois se a fonte da vida estiver pura, jamais faltará forças para vencer o mal. 

Gente Melhor no Facebook: siga, compartilhe, deixe seus comentários

No fim das contas




A grandeza de uma pessoa, ou a sua miséria, não se revela por aquilo que ela aparenta, ou tenta fazer parecer. O que importa é aquilo que dela transborda. 

Pois o íntimo secreto e invisível se escancara nas coisas que se faz e fala, tendo nas consequências disso a sua verdadeira medida. 

Como disse Jesus, “a qualidade de uma árvore se conhece pela qualidade de seus frutos”. E, na contabilidade da vida, esta avaliação diz tudo. 

Incontida lágrima

O que há de mais importante a celebrar na vida é a própria vida, como São Francisco de Assis já dizia. 

Não se trata apenas de comemorar aquilo que aos nossos olhos dá certo, aquilo que acontece do jeito que a gente queria. 

É uma questão de se deixar tocar pela beleza e pelo mistério da existência, de perceber que entre as linhas onde se escreve a nossa história há propósitos insondáveis a tramar a aventura, de reconhecer que o bem e o mal são cúmplices nos desafios que nos provocam a florescer, como o são inverno e verão ao conspirar o enredo das estações. 

Chore, ria, abrace, afaste, lute, repouse, mas, acima de tudo, jamais permita que o teu coração endureça, jamais permita que ele se esqueça de contemplar a vida com a reverência devida, com a reverência que inspira, ao transbordar de uma incontida lágrima, profunda e infinita gratidão.